Da tecnologia à liderança

Em 2005, André Oliveira licenciou-se em Informática de Gestão na Universidade Portucalense. Durante os estudos trabalhou na universidade, na qualidade de bolseiro, reparando computadores ao nível de ‘hardware’ e ‘software’. Foi responsável pela sala “Universia” e participou ainda ativamente na Associação de Estudantes. Só soube o que eram férias há poucos anos atrás. Hoje é “Developer” na multinacional canadiana CGI.

A sua carreira tem-se centrado no “coder de amplo espectro”, mas revela que “um dia gostava de trabalhar em gestão de projetos, fazer uma experiência profissional no estrangeiro, se possível em Londres, e “colocar a tecnologia e a inovação ao serviço de projetos com impacto positivo na sociedade”.

Na Universidade compreendeu que “há sempre muito para aprender e que o curso não dá soluções mas, sim ferramentas para se conseguir chegar às mesmas”. Conta-nos que tem como lema de vida “não estar parado, porque como diz o ditado parar é morrer” e, por isso, sempre esteve e está envolvido em múltiplas atividades.

Estudou bateria e percussão na Escola de Jazz do Porto e no Conservatório de Música do Porto. Diz que a música o ensinou a “estar atento, saber ouvir, ser um melhor espectador porque também é importante existir uma plateia que saiba principalmente ouvir”.

Apesar de a Informática e as Tecnologias de Informação estarem na base da sua especialização profissional, André Oliveira procurou sempre “entrar” em outras áreas de conhecimento, através da leitura e da participação em conferências. Em 2009 ao assistir a um ‘workshop’, conheceu Carlo Van Tichelen, consultor de marketing estratégico, que lhe apresentou a JCI – Junior Chamber International, uma associação internacional de jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 40 anos, especializada no desenvolvimento da Liderança e Empreendedorismo e promoção da Cidadania.

A sua entrada para a associação JCI Portugal permitiu-lhe viajar pelo mundo – Turquia, Espanha, Roménia, Luxemburgo, Japão, Mónaco – participar em academias e representar o país. Em 2011, por exemplo, viajou para o Japão, onde integrou a Academia de Liderança da JCI. Durante uma semana apreendeu o “sentido de comunidade” e comprovou que “a energia de grupo é transformadora” com cerca de 70 delegados de todo o mundo.

Este ano, André foi eleito presidente da JCI Portugal e irá representar o país, em novembro próximo, no Rio de Janeiro, Brasil, no congresso mundial que envolverá mais de 6000 participantes de mais de 80 países.

Considera que tem uma “aptidão natural para liderar pessoas, coordenar processos e potenciar o talento individual e coletivo”. Entende que “ser um bom líder passa por conhecer bem os jogadores da equipa e lançar desafios e objetivos que lhes encham as medidas, pois só assim a remuneração é encarada como uma compensação e não um estímulo”.

Para aqueles que procuram entrar no mercado de trabalho, André deixa um conselho para se ser bem-sucedido: “identificar as oportunidades e enfocar nas soluções e não nos problemas”.

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