Vice-campeã mundial quer ser gestora
Iara Rocha consagrou-se campeã da Europa de Patinagem Artística aos nove anos. A estreia vitoriosa em competições internacionais foi decisiva. “Naquele momento, percebi que a beleza deste desporto era uma paixão”. Hoje, estuda Gestão, define-se como “uma atleta com princípios e objetivos bem definidos” que “valoriza as oportunidades”.
Na época normal treina quatro dias por semana, em fase de competição treina seis dias, com duas sessões diárias, no pavilhão de Custóias.
Considera que a prática deste desporto lhe mudou a vida. “Com o passar do tempo, sentimos que a responsabilidade que nos é atribuída, ajuda-nos a ser mais independentes e comprometidos. O trabalho obriga-nos a saber aproveitar e a organizar o tempo, de uma forma mais cuidada, a ter uma melhor capacidade de relação com os outros e a valorizar o companheirismo. O lado negativo é que o tempo livre é pouco, tornando difícil a conciliação dos estudos com a vida social”, explica.
No ano passado cumpriu o ambicioso objetivo de sagrar-se vice-campeã mundial, tendo sido a primeira atleta portuguesa a conquistar um lugar no pódio em campeonatos do mundo de Patinagem Artística.
A próxima meta é participar nas competições mundiais, no escalão de sénior, e ser campeã do mundo. Quando está a competir deseja “demonstrar todo o trabalho realizado, ao longo de meses, e oferecer um espetáculo único que permita às pessoas desligarem-se um pouco do seu dia-a-dia”.
Concilia a vida académica com a desportiva, “graças ao esforço e à dedicação”, com a consciência que “nos dias que correm, estamos, cada vez mais, preparados para ser polivalentes”.
A frequentar o primeiro ano da licenciatura em Gestão, Iara Rocha considera a universidade como a “segunda casa” e está surpreendida com o solidário “espírito académico”.Os pais são a sua inspiração diária, porque “são eles que tornam possível a vida que levo e me ajudam em tudo o que preciso. São pessoas incansáveis e lutadoras e muitos dos meus sucessos devem-se à confiança que me dão”.