Rita Neves vence “Prémio Jacinto Nunes”

Rita Neves, de 22 anos, licenciou-se em Economia na Universidade Portucalense, com a melhor média do curso, no ano letivo 2017-2018. Por esta razão, venceu o “Prémio Professor Jacinto Nunes” atribuído pelo Banco de Portugal, cuja cerimónia decorreu no dia 23 de novembro, na sede do Banco de Portugal, em Lisboa, na presença do Governador, Carlos da Silva Costa. Em entrevista à “Comunica UPT”, Rita Neves defende que o sucesso só depende da determinação.

Comunica UPT: No seu entender, quais foram os fatores fundamentais para alcançar a melhor média da licenciatura de Economia?
Rita Neves:
Para além das capacidades ou talentos que cada um tenha, acredito que, com trabalho, dedicação e perseverança, qualquer um pode obter uma boa média. No meu caso, tive disciplinas em que tinha mais facilidade, mas nos casos em que eu não me sentia tão confiante, tive que trabalhar mais para conseguir estar ao melhor nível.

Quais eram as suas rotinas de estudo e aprendizagem?
Tentei sempre estudar diariamente, fazendo do estudo diário uma rotina. Este método permitiu-me ter uma noção das minhas dúvidas e dificuldades muito antes dos exames, conseguindo assim um esclarecimento, o que facilitava a aprendizagem. Nem sempre foi possível colocar esta “regra” em prática, mas posso dizer que quando o fiz, obtive os melhores resultados.

Quais foram as suas motivações para escolher Economia e a Universidade Portucalense?
Optei por Economia, em oposição a Gestão, por considerar, na altura, ser mais abrangente e oferecer uma maior diversidade de saídas profissionais. Ao candidatar-me ao ensino superior, escolhi três universidades públicas, sendo que entrei em Economia na Universidade de Aveiro, mas decidi não ir, porque implicaria sair de casa e mudar de cidade. Então, optei por ficar no Porto e escolhi a Universidade Portucalense, pelas boas referências que me foram dadas.

Ser economista era um sonho?
A escolha de Economia só surgiu no 10º ano, antes disso nunca tinha sequer pensado em ser economista. Contudo, tornou-se em algo que eu passei a sonhar, tendo até mudado de escola e deixado os meus amigos para ir para uma escola que tivesse esse curso. Hoje em dia, não me reconheço em outra profissão e sei que escolhi o curso certo.

Qual o balanço que faz do curso?
De uma forma geral, faço um balanço muito positivo. É muito importante frequentarmos um curso – ou qualquer outra ocupação -, que nos desafie e nos deixe entusiasmados em ir às aulas e em querer aprender mais. E foi exatamente isso que eu senti durante o curso, claro que nem sempre a motivação é a mesma, mas é normal.

Quais as melhores memórias que guardará desta experiência?

Eu acho que tudo foram boas memórias, desde as pessoas que conheci, aos professores, às atividades e aos momentos de convívio fora das aulas. O apoio e a atenção dados aos alunos, por parte dos professores, foram uma das maiores surpresas. Também importa referir a simpatia e disponibilidade dos serviços que fizeram toda a diferença.

Daqui a cinco anos, o que gostaria de estar a fazer?
Gostaria de estar ligada ao setor da banca, entidades bancárias e de serviços financeiros. Contudo, não me quero limitar a uma área específica, pois, na verdade, o que pretendo é um projeto desafiante e motivador.

Que conselhos deixa aos estudantes?
Creio que o mais difícil é mesmo escolher um curso que nos motive e nos interesse. Depois disso, tudo é mais fácil, pois estamos a fazer aquilo que gostamos, o que não significa que não canse. Mas, a diferença está na capacidade de superar essas dificuldades e de sermos resilientes. Quando comecei o curso, não esperava que fosse correr tão bem, muito menos que fosse ganhar este prémio, por isso o sucesso só depende mesmo da determinação de cada um.

Uma pessoa que a inspire.
Malala Yousafzai (Prémio Nobel da Paz 2014).

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